Que a Itália é referência quando o assunto é café, isso boa parte dos coffee lovers já sabe! Mas a grande questão é: por quê?
Mesmo os grãos sendo importados de outros países, o café italiano ainda consegue ser melhor do que os demais. Quer saber mais? Então continue lendo o post até o final.
Por que a Itália é referência quando o assunto é café?
É praticamente impossível falar sobre o porquê a Itália é referência quando o assunto é café, sem contar um pouco de história. Pois foram as grandes navegações e as relações mercantis entre os países da Europa e Asiáticos que nos possibilitaram ter o nosso cafezinho de cada dia.
Antes de se popularizar no Ocidente, o café já era muito consumido e popular entre alguns países do Oriente. Principalmente na Etiópia (país de origem do grão), onde as pessoas consumiam o grão puro e outras regiões do oeste da Arábia.
Porém, com o passar das décadas e as negociações acontecendo entre os países, o café finalmente chegou à Europa. Foi em Veneza, Itália, por volta do século 16, que o consumo da “bebida preta” começou a chamar atenção da população. Na época, a bebida café era considerada um artigo de luxo, uma exclusividade. Por isso, era consumida somente pelas classes mais altas.
Desde então, o país vem buscando formas e inovando nas formas de preparo do café. Podemos dar destaque para dois aspectos que deixam o café italiano com características marcantes: o processo de torrefação e o método de extração do café.
Além disso, podemos citar os especialistas em café, os baristas, que surgiram na Itália. Eles são os profissionais responsáveis por conhecer tudo sobre esse universo do café. E também aprimorar os processos pelos quais o café passa até chegar na sua xícara.
Leia mais: Você sabe quem é um barista?
Torrefação dos grãos de café
Quando o grão ainda está verde, ele não possui um gosto distinto (muito menos agradável!) como o que adquire após a torra. É durante esse processo que os grãos ganham as características que mais apreciamos da bebida.
De acordo com uma matéria publicada pela BBC, “Italianos fazem café melhor que os outros?”, o sabor final da bebida está diretamente ligado ao processo de torrefação: quanto mais escuro os grãos, mais amargo o sabor do café; entretanto, uma torrefação mais leve deixa a bebida com um sabor mais complexo, o que pode deixar o café com um gosto mais azedo.
Na Itália, para que os grãos cheguem até o ponto perfeito, eles serão torrados em temperaturas altíssimas. Dessa forma, garantindo o gosto marcante e o aroma inconfundível.
Método de extração do café
Todos já ouviram falar da cafeteira italiana, ou Moka. Isso porque esse é um dos métodos mais populares de extração de café; alguns especialistas do universo cafeeiro até chegam a considerar esse um dos melhores. Visto que, além de preservar as principais características do café, a cafeteira também é bem prática.
Com uma Mokka, você não precisará de dois ou mais utensílios para o preparo do café. Pois a própria cafeteira já armazena o café depois de pronto. Além disso, o filtro de metal facilita a limpeza e é mais ecológico.
Certificação do espresso italiano
A fim de manter o padrão de qualidade e o selo de originalidade italiano, o Instituto Nacional Espresso Italiano criou uma certificação que garante esses dois aspectos. Dessa forma, eles conseguem manter a tradicionalidade desta bebida que é conhecida mundialmente.
De acordo com o instituto, “cada empresa membro, que cumpre os requisitos de certificação, tem o direito de usar a marca Espresso Italiano Certificato (Espresso Italiano Certificado).” Ou seja, com esse selo, os consumidores sabem que estão consumindo um café espresso que segue as normas estabelecidas pela instituição.
Então, quando nos perguntamos porque a Itália é referência quando o assunto é café, é só lembrar que eles são responsáveis não só pela excelência na torra dos grãos; mas também porque eles são responsáveis pelos métodos de extração mais adorados pelos coffee lovers. Afinal, quem não gosta de um café feito em uma das cafeterias italianas?
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